Sobre o sentido da Matemática
Perguntado
sobre o sentido da Matemática depois das operações básicas e o porquê de tantas
operações, as quais para alguns de nós não fazem sentido concreto ou pelo menos
não se é possível relacioná-la com algo que vivemos ou que pelo menos tenhamos
imaginado, recorremos muitas vezes à meditação e inquirição sobre o que nós
aprendiz estamos fazendo.
De
fato, muitos de nós com apenas as operações básicas que aqui chamamos de
“quatro operações”, temos a impressão que seria o suficiente; Essa enganosa
impressão é devido ao fato da nossa superficialidade sobre as coisas por assim
dizer, de maneira que não nos atentamos, sobre a economia do país em que
vivemos, bem como a segurança que desfrutamos, com os equipamentos bélicos e
outros, dos meios e utensílios que desfrutamos, dessa maneira equivocadamente
outra vez, poderíamos dizer que as demais contas, os outros deveriam fazer, mas
lembramo-nos que seremos os outros para eles, de forma que alguém precisa fazer
e esse alguém somos nós.
O
porquê da matemática está diretamente relacionado à nossas experiências
vividas, de forma que a grande maior parte daquilo que é estudado não é
experimentado, ou vivido por aquele que instrui.
Se
não bastante, para cada experiência vivida e “matematizada”, abrem-se diversas
possibilidades, de maneira que relacionar uma viagem de taxi a uma função
(nesse caso de “1º grau”) relacionamos outra com pães, outra com acultura de
bactérias (nesse caso de “3º grau”). Note então o leque que se abre.
Não
somos tão ingênuos para pensar que os componentes eletrônicos de um computador,
bem como o funcionamento de uma planilha de Excel. Tenha apenas base nas quatro
operações (não falando do sistema binário, que, aliás, é outra coisa que aqui
nem citaremos), imagine agora, os túneis da Rodovia dos Imigrantes, ou os
prédios da av, Paulista, e aquele que caiu nos EUA, que aliás, caiu
perpendicularmente (aprumado, (outras palavras da matemática)).
Em
nossas próprias moradias, nossos pertences e a forma de guardá-los organizadamente,
nossas vestes, sem matemáticas somente se de peles de animais e esfoladas, pois
se cortadas, lá estará a matemática. O próprio mundo é organizado em sua
trajetória. Sem matemática o universo seria provavelmente um amontoado de
coisas, até mesmo o próprio tempo não teria sentido. Já que uma de suas
característica mais forte é a contagem.
O
significado matemático também é diretamente proporcional a vivência do
decodificador, uma vez que falamos de codificação, o que, aliás, é de
importância considerável, no que diz respeito a forma padrão de procedimentos.
A
Matemática e seus entes aparentemente são criações do homem, entretanto também
pode ser verificada na natureza, como a tendência das gotículas e bolhas em se
apresentar esfericamente, colméias em formas hexagonais, algumas árvores e
animais, cujas descendências se assemelham à seqüência de Fibonacci (número Φ =1,6180339887498948482045868343656...).
Com
tudo, certamente muitas pessoas não percebem a matemática presente em quase
nada, parecem nem possuírem senso de medida, se pouco, se muito, se alto, se
baixo, etc. De forma muito interessante, as coisas possuem sentido diferente, e
vivem não muito diferente das que possuem este sentido.
Existe
uma preocupação muito grande, como deste que escreve em tornar prático pelo
menos algumas amostras de cada cálculo que executa, por assim dizer,
contextualizar a matemática.
Não
é porque não se ê que ela não exista, basta algum tempo de meditação e de
vontade que a matemática aflorará e, diga-se de passagem, aparecerá
gigantemente, em todas as coisas, desde a criação do homem, se não, desde
antes. Jfl
De
fato, o modelo pronto e eficaz deve ser abandonado, contudo, o mesmo destino,
novamente, não deve ser dado aos fatos, às provas, de maneira que abandonar as
conquistas e a história, ou seja, dar preferência exclusiva ao novo é realmente
recomeçar e assim a incerteza será total.
Dessa
maneira, é prudente estar pronto a melhorar, a inovar, e ser receptivo às
adaptações e ajustes sociais, mas considere que descobertas científicas, não se
entende literalmente como achado, pois com base numa hipótese se chega ao
propósito, quero dizer, não são acasos, trabalhamos melhorando o atual, como
disse Einstein, quando perguntado sobre a “Relatividade”: “Apoiei-me em ombros
de gigantes”.
Essa
noite, no trajeto do trabalho à minha residência, indaguei-me sobre as mudanças
que efetivamente ocorreram nos 15 últimos anos, advindas das novas tecnologias.
A olhos nus não consegui identificar nenhuma, todas edificações, todos os
maquinários, toda a pavimentação e iluminação, não mudaram, somente ao chegar
em casa, ao pegar minha pasta e o computador portátil que ela continha, percebi
mudanças, e mais mudanças ainda contidas nele; Um mundo totalmente novo,
admirável.
Percebo
então duas realidades:
Uma,
não palpável, cheia de possibilidades, mudanças, inovações, onde verdades de
instantes passados, são obsoletas, contudo ainda possibilidades e não palpáveis
(virtuais), próprias de seu ambiente.
Outra,
palpável, real por assim dizer, inexoravelmente existindo por si só, a luta pela
sobrevivência, a necessidade do conhecimento do meio a que vivemos, bem como as
conseqüências de eventos aparentemente distantes, como economia, paz,
conservação do meio ambiente em escala mundial, etc.
É
nessa última que a Escola* está inserida, onde as adaptações demoram a
acontecer, como tudo os demais palpáveis, muda, mas muda não tão
instantaneamente, pois depende de muitas outras variáveis e nessas variáveis, está a mais intrigante: Pessoas.
Concordo
no esforço da escola em dar sentido ao ensino e acredito que em algum tempo
todo ensino tinha sentido. Um pai que ensina o ofício ao filho evidentemente
tudo terá suas aplicações, como num curso específico de construção de paredes
de alvenaria ou na confecção de sorvete de abacaxi em polpa de 25g no palito.
Note aqui que o sentido é diretamente
proporcional à particularidade de seu emprego. Perceba também que numa escola,
nem todos os professores de Matemática, por exemplo, tiveram a mesma
experiência profissional, espera-se sim que tenham tido a mesma formação, mas
não que tivessem vividos as mesmas experiências, e muitas vezes são essas
experiências que influem na observação e compreensão de um fato ou evento, de
forma que numa escola pública não é e se esperar que todos que ali estudam
terão a mesma profissão e justamente por essa razão, o sentido o que é ensinado
se distancia de uma realidade imediata. Em matemática, outra vez, muitas
pessoas acreditam viveriam muito bem sabendo apenas somar, subtrair,
multiplicar e muito pouco dividir, isso por que é realmente difícil o que há
por trás de tudo que os outros fizeram, se soubessem, esteja certo, muito
trabalho em cálculos foi executado.
Reforço,
o conhecimento não deve ser tido como pronto, pronto até aqui, mas suscetível
de adaptações, de mudança de rumo, mas não podemos nos dar o luxo de amassá-lo
e jogar fora e recomeçar um novo, pois o propósito é fundamental. Considere o
acaso se aproveitável apenas como prêmio.
*Substantivo
feminino
1.Estabelecimento
público ou privado onde se ministra, sistematicamente,
ensino coletivo: